Após um longo período inativa é com grande satisfação que escrevo hoje aqui no blog para informar que a ABAPAA está retomando suas atividades.
O maior motivo dessa parada foi o fato simples, direto e real, de que eu estava sozinha na associação. Como pode uma pessoa apenas lutar pela causa de vários mas não ter ajuda de ninguem????? Sei que muitos apoiavam e acreditavam no trabalho da ABAPAA, mas ações tímidas não fazem o dia a dia de uma organização. A verdade é que me senti cansada e resolvi sumir um pouco.
Porém acredito demais no ideal da associação e sei que muitas pessoas aqui na Bahia precisam dessa união. Também como um ideal pessoal, por ter vivenciado tudo que passei, nada mais justo retribuir ao universo todas as graças que recebi.
Tentarei novamente mas preciso da ajuda de todos!
A ABAPPA é uma instituição que tem como principais objetivos assegurar o bem-estar dos portadores de alergias alimentares através de projetos que visem à assistência médica, científica, nutricional, jurídica, tecnológica e educacional destes indivíduos; promover eventos que tragam esclarecimentos sobre esse tema, além de apoiar e assessorar programas e projetos para a integração do estudo de alergia alimentar.
Quanto mais pessoas se associarem a ABAPAA, mais forte se tornará a mesma em termos de representatividade, facilitando assim o envolvimento de novos membros, voluntários e parceiros. Dessa forma, a ABAPAA poderá concretizar novos projetos e favorecer ainda mais aqueles que através dela se beneficiam. A união faz a força!
Você pode até não ter casos de alergia alimentar a sua volta, mas pode muito bem se sensibilizar com esta causa!
A ABAPAA não é uma vã filantropia, mas sim um compromisso social.
Conheça nosso trabalho! Participe! Associe-se!
Para esse recomeço participe da nossa próxima reunião, no dia 15/06.
terça-feira, 22 de maio de 2012
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Workshop Autismo e Nutrição
No dia 07 de outubro 2011, acontecerá o “Workshop Autismo e Nutrição” com Cláudia Marcelino. Cláudia é autora do Livro "Autismo Esperança pela Nutrição" e criou um blog (http://dietasgsc.blogspot.com) em que disponibiliza receitas, informações e é um elo de ligação entre mães e familiares de pessoas com características especiais, em todo o Brasil e Portugal. O trabalho de Claudia é referência e case em Faculdades e Escolas de Nutrição e em Pós Graduação em Nutrição Funcional. Vencedora do Prêmio Orgulho Autista 2011, na categoria "Livro Destaque" e é com muito orgulho, mãe de Mauricio de 20 anos.
Atualmente encontram-se em andamento diversas pesquisas que apontam como terapia coadjuvante no tratamento do autismo uma dieta isenta de glúten e lactose. Uma das hipóteses principais sobre os benefícios da dieta se baseia na idéia de que alguns dos sintomas do autismo possam ser consequência de um excesso de opióides no organismo. A hipótese postula que a maior permeabilidade intestinal frequentemente observada em autistas permitiria que grandes peptídeos - resultantes da digestão incompleta do glúten e da caseína - possam cruzar a membrana intestinal. Estes peptídeos poderiam atuar como os opióides produzidos naturalmente no organismo, entrando na corrente sanguínea e então alcançando o sistema nervoso central. Postula-se que o excesso de opióides no sistema nervoso central poderia produzir alguns dos sintomas observados em indivíduos autistas. Assim, a retirada do glúten e da caseína da dieta produziria a melhoria dos sintomas em alguns dos portadores. A intervenção nutricional no autismo vai ainda mais além, não para apenas na questão dos opíóides endógenos. Por isso é muito importante que todos, pais e profissionais, entendam a importância de uma nutrição correta para esses indivíduos.
No workshop teremos uma programação teórica pela manhã (das 08:30 às 12:30h) onde será discutida a intervenção nutricional através dos seguintes temas:
- A influência da flora intestinal nos transtornos do desenvolvimento,
- O desenvolvimento do cérebro no comando dos orgãos e sistemas metabólicos,
- A influência dos alimentos no SNC,
- A alergia cerebral e as doenças psiquiátricas,
- A condição autoimune,
- A progressão dos danos,
- Como proteger o cérebro e alavancar os avanços,
- Como intervir e o que esperar.
E no turno vespertino (das 14 às 18h) acontecerá um curso de culinária sem glúten e sem leite onde Cláudia ensinará o pão francês, pastel, bolacha salgada, pizza e bolinho ana maria.
O local do evento será na parte da manhã no auditório da ABM – Associação Baiana de Medicina Rua Baependi, Nº 162, Ondina, e à tarde o curso de culinária será na cozinha gourmet da Casa dos Vinhos na Av. Jorge Amado, S/N, Lote 117, QD 15, Imbuí.
O público alvo são pais e familiares de autistas, profissionais da área de saúde em geral, celíacos, alérgicos, intolerantes e adeptos de uma dieta sem glúten e sem leite.
O investimento é de R$50,00 para quem se inscrever no workshop completo (manhã e tarde) e de R$30,00 para quem for participar apenas da aula teórica pela manhã. As inscrições serão realizadas através do e-mail contato@armazemdaalergia.com.br ou na loja Armazém da Alergia, na Rua das Rosas n.18, Loja 1, Pituba.
As vagas são limitadas! Serão 100 vagas pela manhã e 35 vagas pela tarde.
O evento é uma realização do Armazém da Alergia com o apoio da Casa dos Vinhos.
Maiores informações:
- (71) 4141-1513
- contato@armazemdaalergia.com.br
domingo, 17 de julho de 2011
Amamentação e cólicas em lactentes
Por Kátia Dantas
A cólica no lactente é definida como uma irritabilidade, agitação ou choro que persiste por três horas por dia, mais de três dias na semana em pelo menos três semanas em crianças saudáveis. Esse problema geralmente surge na segunda semana de vida intensificando entre a quarta e a sexta semana e gradativamente alivia.
A ocorrência da cólica infantil parece variar entre os diferentes estudos desenvolvidos, e o excesso de choro associado a esse problema é uma das reclamações mais comuns entre as mães de crianças de 0 a 4 meses de vida. Com relação a etiologia das cólicas, vários fatores foram sugeridos: imaturidade intestinal, alergia à proteína do leite de vaca, condições emocionais maternas, além do temperamento do lactente e a ingestão materna de alimentos flatulentos. Outros alimentos como chocolate, amendoim, café, refrigerante, frutas cítricas são contra-indicados durante a amamentação por serem considerados responsáveis pelas cólicas do lactente.
Estudos mostram que o pico da freqüência de cólicas era mais precoce em crianças com aleitamento artificial (duas semanas de vida) do que nas amamentadas (seis semanas de vida). Em experiências clínicas pode-se observar que as cólicas infantis em crianças amamentadas exclusivamente ao peito podiam estar relacionadas a ingestão de leite de vaca pela mãe.
Sabe-se que quando existe predisposição genética para quadros alérgicos de um determinado componente do alimento, o lactente pode ser sensibilizado precocemente caso a mãe inclua em sua dieta alimentos que o contenham. A passagem de beta-lactuglobulina, presente no leite de vaca que a mãe ingere, já foi detectada no leite materno e responsabilizada pelo quadro clínico de alergia em lactentes amamentados exclusivamente ao peito. A suspensão de leite de vaca e seus derivados da dieta materna eliminou os sintomas.
O esvaziamento completo da mama durante a amamentação, possibilita que o bebê receba o leite posterior e, em consequência, menos lactose, melhorando os sintomas das cólicas.
Referencias:
ACCIOLY, E.;SAUNDERS, C.; LACERDA, E.M.A. Nutrição em obstetrícia e pediatria. Guanabara Koogan, 2ª Ed.Rio de Janeiro, 2009.
VITOLO, M.R. Nutrição da gestação ao envelhecimento. Ed Rubio. Rio de Janeiro, 2008.
SAAVEDRA, M.A.L. et al. Incidência de cólica no lactente e fatores associados: um estudo de coorte. Jornal de Pediatria, Vol. 79, Nº2. Rio de Janeiro, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jped/v79n2/v79n2a05.pdf. Acesso em julho de 2011.
Murahovsch, J. Cólicas do lactente. Jornal de Pediatria, Vol. 79, Nº2. Rio de Janeiro, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jped/v79n2/v79n2a01.pdf. Acesso em julho de 2011.
Constição X APLV
Por Juliana Silva
A constipação é um problema bem frequente na infância, mas ainda muito difícil de ser diagnosticado. Essa dificuldade existe em função das controvérsias sobre a sua definição, mas, atualmente, ela é considerada um sintoma que pode estar relacionado com alguma das manifestações a seguir: eliminação de fezes duras ou em cíbalos (pequenas bolas), na forma de seixos ou cilíndricas com rachaduras; dificuldade para evacuar ou freqüência de evacuações menor que três vezes por semana (exceto no caso de crianças em aleitamento materno exclusivo). Os bebês que estão com prisão de ventre (como a constipação é popularmente conhecida) podem apresentar irritabilidade, abdômen duro ao toque, dor de barriga que melhora depois que ele faz cocô e traços de sangue nas fezes.
Há várias situações que podem estar relacionadas com a prisão de ventre como o uso de fórmulas infantis, baixa ingestão de líquidos pela mãe (quando o bebê ainda amamenta) e a introdução de novos alimentos. Ao se fazer uma investigação profunda da causa da constipação, é importante considerar tudo que possa estar relacionado a ela.
No caso da constipação associada à APLV, ela pode ser observada no primeiro ano de vida, logo após a introdução da proteína do leite de vaca na dieta, sendo em alguns casos o único sintoma visivelmente apresentado pela criança portadora da alergia. Por isso, é imprescindível que os pais estejam sempre observando o comportamento dos seus bebês e crianças para sinalizar para o seu pediatra a manifestação e persistência desse sintoma. Ele solicitará os testes necessários para diagnosticar a alergia e se não for esse o problema do seu filho outras causas poderão estar sendo investigadas para um diagnóstico correto, melhorando assim o bem-estar do seu filho.
Há várias situações que podem estar relacionadas com a prisão de ventre como o uso de fórmulas infantis, baixa ingestão de líquidos pela mãe (quando o bebê ainda amamenta) e a introdução de novos alimentos. Ao se fazer uma investigação profunda da causa da constipação, é importante considerar tudo que possa estar relacionado a ela.
No caso da constipação associada à APLV, ela pode ser observada no primeiro ano de vida, logo após a introdução da proteína do leite de vaca na dieta, sendo em alguns casos o único sintoma visivelmente apresentado pela criança portadora da alergia. Por isso, é imprescindível que os pais estejam sempre observando o comportamento dos seus bebês e crianças para sinalizar para o seu pediatra a manifestação e persistência desse sintoma. Ele solicitará os testes necessários para diagnosticar a alergia e se não for esse o problema do seu filho outras causas poderão estar sendo investigadas para um diagnóstico correto, melhorando assim o bem-estar do seu filho.
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